quarta-feira, 8 de julho de 2009

Resolvi voltar a escrever aqui. Eu já nem sei quanto tempo faz que não posto (esqueci até de olhar a data do último post, até mesmo o seu conteúdo). Eu talvez hoje esteja precisando de um terapeuta. E é incrível como esse espaço aqui serve, exatamente, mais ainda do que o pensado, para o que seu nome diz: meu terapeuta online.
Enfim...
Hoje eu percebi como são chatas as coisas datadas. Sabe... tipo as fotos no orkut, as atualizações, os vídeos ou os comentários. Quando eu era mais novo, ainda na escola, meus professores sempre diziam que não era pra ficar decorando datas e nem nomes. Acho que vem daí essa minha péssima mania de esquecer o nome de quem não me interessa e de lembrar apenas as datas do meu aniversário e do aniversário de namoro, sabendo as outras só mesmo mediante muito esforço. E vendo as datas do meu orkut, mais especificamente dos meus vídeos, eu vi como amei esses últimos tempos. E pior ainda... amei gente diferente. Tipo um amor a cada mês, "manja"? E o que é pior... eu tive uma música pra cada um deles e ainda postava ali, num espaço tão meu. É muito provável que minha intenção não era lembrar desses múltiplos amores meses ou anos depois. Eu já nem os amo mais. Alguns até odeio. Outros, indiferentes. E uns bons eu amo até mais, mas com o doce amor da amizade.
Mas eu amei, viu? Na verdade, achei que amava ou forcei para amar. E ainda com toda a intensidade que fosse possível. Eu amei aquele baixinho que me sorriu naquela boate estranha, eu segui amando aquele menino do boné do protótipo de boate mais estranha ainda. Ah! Eu amei também o garoto das camisas bonitas. E o amei mais ainda quando o ouvi cantar no nascer do Sol. Eu amei também o japinha daquela outra boate. E eu infelizmente amei aquele garoto do óculos branco, que virou o garoto da net, depois o garoto do subúrbio. E eu ainda achei que tivesse voltado amar quem eu sempre deveria ter odiado. E estão todos lá, datadas. E me entristece ainda a rapidez com que amei e deixei de amar. A rapidez com que de amáveis alguns passaram a seres desprezíveis e odiáveis.
Mas eu precisei. Eu precisei de cada um desses amores para fazer o meu tempo. O tempo necessário para eu poder voltar a amar. E aí, um amor de verdade, daquele que você quer datar o começo, nunca esquecer do dia e jamais assistir o final. E as únicas datas que eu quero lembrar é o dia 24 de abril e o pra sempre, que é quando começou e quando nunca vai terminar, respectivamente.
TE AMO.

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