Eu preciso escrever sobre aquela noite...
Era mais uma noite, naquele meu lugar predileto da cidade logo ali. Eu. Meus amigos. Um monte de gente. Na terra de ninguém, bebi e me embebedei por míseros cinco reis. Dancei. Ri, com o perdão da palavra mais propícia, pra caralho. Andei, andei. Um monte de gente. Eu não via você. Eu juro que era o que eu mais queria e esperava para aquela noite. O que faltava pra fazê-la perfeita e diferente de apenas mais uma noite. Mas eu não via você.
E quando minhas esperanças já se esgotavam, quando eu já pensava que o Sol estava vindo e a Lua perderia a possibilidade de nos ver juntos, sua voz me disse, ao longe e com dificuldade, que viria.
E você apareceu, na hora menos propícia, mas talvez na mais certa pra tornar tudo tão lindo. Me diz que foi por querer? Só pra eu te ver mais perfeito ainda?
Os meus amigos se foram. Na terra de ninguém, eu poderia me ver só e desprotegido, mas eu tinha você. Aquele se tornaria, alguns dias depois, a minha melhor proteção e companhia.
O primeiro toque tímido na minha mão. Quando eu alisei sua perna. Aquele olhar ainda escondido com que nos fitávamos. O beijo. Na terra de ninguém onde todos e os muito alguéns ali presentes puderam ver.
As nossas mãos dadas. A primeira decisão juntos. E ali mesmo eu já podia ter percebido que você odiavada tomar decisões. O táxi.
O sofá-cama...
e eu posso dizer, que é como se ainda estívessemos ali. Eu e você. Nossas trocas de olhares. Nossos desejos. Nossa confiança rápida e mútua. Nossos papos que dão certo. O seu jeito lindo de contar histórias e me olhar "tímido" enquanto o faz. O seu sorriso. O meu olhar expressivo que você tanto diz. Nossas expressões e feições tão parecidas. Nossos beijos e abraços. E o sofá-cama... Ah! O sofá-cama...
Depois tem a parede. A insistência em não querer terminar nunca aquele momento. O caminhar ao Sol. Sua gentileza em esperar meu ônibus passar. Você olhando pra mim, quando eu já ia embora. E o meu amor por você, nascendo ali.
TE AMO [2]
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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