quarta-feira, 18 de março de 2009

Voltando a postar depois de tanto tempo. Um mês sem internet em casa, o que me forçou a parar as consultas a esse meu terapeuta aqui.
Status? Estou bem. Bem mesmo. Apesar da morte do nosso já saudoso Clô, ou Dô, ou Vil, dependendo do seu grau de intimidade. E apesar de eu estar sozinho (lê-se sem amar alguém e sem ser amado). Eu sou do tipo de pessoa que não precisa de outra boca pra conseguir sorrir. Eu tenho a minha e isso basta. Gosto dessa minha mudança, do meu amadurecimento. Gosto muito mesmo de perceber isso, quando me vejo preocupado apenas com os trabalhos de faculdade que tenho pra fazer, pensando na melhor forma de executá-los e tendo que me programar pra poder concluir todos. Quando me vejo tenso pensando no novo emprego, no que fazer para usufruir disso da melhor forma. Me orgulho até de atender um telefonema da minha mãe, que há quilômetros de distância de mim, tem que desligar, porque eu posso deixar o arroz da panela queimar ou o bife passar demais. Hoje sou eu quem tenho que cozinhar pra mim mesmo e ainda lavar as louças depois. Sou eu que tenho que pensar na melhor forma de controlar o dinheiro que tenho e de aproveitar ao máximo o pouco satisfatório que ganho.
Eu mal me vejo com tempo pra pensar em outras pessoas quem não eu, meus amigos e minha família (não consigo ser egocêntrico e individualista pra excluir esses dois pilares da minha lista de "tarefas a cumprir").
Me sinto bem em dormir altas horas da madrugada, pra acordar poucas horas depois, já que meu dia é ocupado e só mesmo no apagar das luzes vizinhas eu consigo cumprir os deveres que me faltam. O ócio soa agora tão chato e tão perigoso pra mim. Meus maiores sofrimentos e piores pensamentos sempre foram provenientes dele.
Eu só não quero que no meio de tantos afazeres eu perca meu senso de humor, meu bom e apurado senso de humor. Eu quero continuar separando minutos e até horas do meu dia pra rir com meus amigos, falar besteiras, deixar a imaginação fluir, mesmo que pelo buraco negro, fundo e fétido da maldade. Eu quero, ao celular, dizer alô, gargalhar e até mais, amigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário