segunda-feira, 28 de março de 2011
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Ela já não devia mais nada a ninguém. Terminou seu último romance exatamente por isso. Queria ser livre, sem ter que dar explicações ou voltar pra casa cedo e ainda encontrar aquela outra pessoa online no msn. Saiu com os amigos. Beijou umas dez bocas, mas só se apegou à última. E nem sabe explicar o porquê... Só sabe que foi assim, na hora, "papum". Ela já o queria de novo, não mais que uma hora depois do seu último beijo. Repetia seu nome insistentemente. Nome duplo, o que ela adorava. Não se lembrava de ter ficado com ninguém que tivesse nome de personagem de novela mexicana. Ele era o primeiro. Guardou bem esse nome e o achou numa dessas redes sociais, mas se viu tensa quando a ressaca do outro dia bateu mais forte do que ela imaginava. Sinal da bebedeira desenfreada, daquelas duas tequilas batizadas na barraquinha da esquina e de alguns bons copos de cerveja. Será que tinha feito tudo direito? Será que o menino tinha gostado? E o beijo que ela mal se lembrava? Só imaginava ser bom, por que era com ele afinal... Ela só saberia ao certo quando o visse de novo. Imaginou que não fosse nem tão cedo, mas foi. Nem sete dias depois ele estava lá, falando que iria na tal festa de sexta-feira e ela tensa, sem nem saber o que falar quando o encontrasse. Encontrou. Lá na porta da boate. Fingiu que não o viu, coração disparou e pediu pra amiga que continuasse andando, pra não ter nem jeito deles se falarem. Entrou na festa. Num tinha nem 3 min lá dentro, o encontra. Foi falar. Ou tentou falar com ele. 1,55 de altura, aproximadamente, olhando pra ela com um sorriso lindo. Ela arriscou as primeiras palavras depois de um "oi, tudo bem?" mal respondido. Ele fingiu que não entendeu. Se aproximaram e, enfim, o beijo. Ela imaginou que seria melhor, mas resolveu continuar. Ele pediu que esperasse. Precisa ir ao banheiro com os amigos. Voltou nem um segundo depois, sorrindo, e a beijou de novo. Já tinha sido ótimo agora. Na pausa, soltou um "fugi dos meus amigos pra ficar com você", seguido do mesmo sorriso, a mordida na boca e mais um beijo, e outro, e outro. E ela nem precisou falar o quanto estava feliz e encantada. O clima esquentou, os beijos rolavam a cada vez que ele se aproximava. E com frequência, entre uma volta e outra. Ela só não esperava que, em uma dessas, o visse com outra. Parou, olhou com aquele olhar caído, foi embora. Ele percebeu. Tanto percebeu que até pediu desculpas, disse que não devia ter feito. Ela disse um "relaxa" e se beijaram mais. A noite acabou. No outro dia, uma mensagem: "Foi mal ontem. Sou um vacilão mesmo." Ela nem o achava um vacilão, afinal, também tinha beijado outro numa dessas voltas. Tentou falar isso pra ele, mas ele respondeu com um "mesmo assim". Enfim... ela continua gaga e "caidinha" por ele. Ainda não sabe o que falar na próxima vez que vê-lo, sendo que falar é o esporte preferido dela. Também não sabe como será no próximo encontro, que ela espera ser em breve. Ela só espera que seja tão bom quanto o outro, mas sem ter nenhum "vacilão" na história dessa vez...